Briga no jogo entre Atlético-PR e Vasco renderá ação de torcedores (Foto: Gustavo Rotstein)
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva decidiu não levar a julgamento o recurso do Vasco, que buscava a anulação da partida contra o Atlético-PR sob a alegação de falta de segurança. No entanto, a torcida vem se mobilizando para seguir com a história. O advogado Luiz Roberto Leven Siano pretende apresentar no início da próxima semana uma ação na Justiça comum em nome de pelo menos 50 torcedores que estiveram na Arena Joinville dia 8 de dezembro e sentiram-se lesadas por terem sofrido, mesmo que de forma indireta, as consequências da barbárie protagonizada por duas torcidas organizadas, principalmente pela ausência de policiais no local.
O recesso do judiciário se encerra nesta terça-feira, quando a ação deverá ser encaminhada. No esboço finalizado na última quinta-feira, foram indicados cinco réus, incluindo o árbitro Ricardo Marques Ribeiro (absolvido pelo STJD) e a CBF (que não constou na denúncia oferecida pela Procuradoria da Justiça Desportiva).
- Será uma ação bombástica, feita por torcedores do Vasco que estavam no estádio, viveram momentos de terror e que estão indignados com os desdobramentos do caso. Até o momento temos cerca de 50 pessoas cadastradas, mas esse número pode chegar a 2.500. Obviamente não estarão aqueles que brigaram - explicou o advogado.
Leven Siano afirma que serão feitas algumas ações, incluindo perdas e danos, declaratória de nulidade e obrigação de fazer. Segundo o advogado, foram evidenciadas várias irregularidades no estádio relativas à falta de segurança, como falta de extintores de incêndio, além de outras questões que tornaram-se notórias, como ausência de agentes da Polícia Militar.
- A ideia é reparar a injustiça, valorizar os direitos do torcedor e uma reação com a Justiça desportiva. O desdobramento de tudo o que aconteceu é ridículo - afirmou.
Torcedor do Vasco, Leven Siano garante não fazer parte de uma possível manobra do clube no âmbito da Justiça comum. Ele afirma ser opositor da diretoria e lembra estar designado por vários ex-funcionários em ações contra o Vasco. Entre eles estão Edmundo, Alexandre Torres e o ex-vice de futebol José Luiz Moreira.
- A possível anulação da partida seria uma consequência. O principal é que um jogo de futebol não poderia ocorrer naquelas condições - ressaltou o advogado.
Globoesporte.com
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