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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

TAPETÃO: Roberto Dinamite aprova e Vasco vai entrar com recurso para ganhar pontos de jogo da queda contra o Atlético-PR


Depois do estudo, o Vasco da Gama passou à ação. Conforme o diretor jurídico do clube, Gustavo Pinheiro, havia revelado, o Cruz-maltino, após 'ok' do presidente Roberto Dinamite, entrará nesta terça-feira com pedido junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para ganhar os três pontos  do duelo contra o Atlético-PR, no último domingo. A partida foi vencida pelo Furacão por 5 a 1 e decretou o rebaixamento da equipe de Adilson Batista.
O clube carioca, que terá 3 a 0 a seu favor assinalado caso vença uma futura disputa judicial e evitará a queda, alega em seu pedido que o reínicio da partida após a pancadaria generalizada que ocorreu nas arquibancadas da Arena Joinville entre as duas torcidas fere o Regulamento Geral de Competições da CBF. Em seu artigo 21, o documento prevê que o árbitro do jogo tem 30 minutos e mais meia hora adicional para definir o recomeço de um duelo. No caso deste domingo, o jogo foi retomado após 71 minutos da sua paralisação.

De acordo com o vice-presidente de futebol do Vasco, Ercolino de Luca, que confirmou a ação vascaína ao GE, o clube busca seus direitos conforme prevê o regulamento. Em sua fala, o diretor também afirmou que o árbitro Ricardo Marques Ribeiro foi coagido por membros do Atlético-PR e da CBF para reiniciar o jogo, válido pela última rodada do Campeonato Brasileiro, que teve todas as suas partidas importantes sendo iniciadas no mesmo horário.

"Vamos tentar entrar com o recurso. Está dentro da lei, do artigo que diz o limite para acréscimo. O clube tentou que a partida não reiniciasse, mas o árbitro foi pressionado a continuar o jogo", disse Ercolino, referindo-se às tentativas do presidente Roberto Dinamite em impedir que o time do Vasco voltasse para o gramado. "Ele não queria voltar com a partida. Disse que poderia ser responsabilizado pelo que acontecesse", falou, já comentando a situação do juiz.

Procurado pela Rádio Globo, o presidente do STJD, desembargador Flávio Zveiter, rejeitou o argumento do Vasco para buscar evitar o segundo rebaixamento em cinco anos. Segundo o desembargador, o Tribunal analisará somente possíveis punições aos clubes pela briga de torcidas, que deixou três torcedores feridos.

"Não existe essa discussão, o que será analisado pelo Tribunal é a responsabilidade dos clubes, do árbitro ou de alguma das torcidas. Nada além disso", pontuou Zveiter, também avaliando a acusação de que Ricardo Marques teria sido pressionado a reiniciar a partida. "Toda apuração é necessária, mas um árbitro da Fifa não pode sofrer pressão. Duas horas antes da partida ele é o único responsável, nem o presidente da CBF pode interferir. Pelas imagens que eu vi, o árbitro não poderia ter começado a partida sem a presença da Polícia Militar e apenas com 90 seguranças particulares."

Dono da terceira pior campanha do campeonato, o Vasco agora parece disposto a buscar na Justiça a fuga de um rebaixamento que se desenhou ao longo de toda a temporada. Caso o clube saia vencedor do recurso, o Criciúma será o quarto clube rebaixado para a Segunda Divisão. Além disso, a perda dos três pontos conquistados deixará o Atlético-PR na quarta colocação, garantindo o Botafogo na Libertadores e deixando a vaga do Furacão na dependência de uma vitória do Lanús sobre a Ponte Preta na decisão da Copa Sul-Americana. O resutaldo da final será conhecido na noite de quarta-feira, antes do início de qualquer julgamento sobre o caso.

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Um comentário:

  1. Tá no Regulamento Geral da CBF – o prazo de paralisação é de 30 minutos podendo ter mais 30 de acréscimo. O Jogo em questão ficou 1hr e 17 min paralisado. No artigo 19 do regulamento, entre os motivos previstos para uma partida ser adiada, interrompida ou suspensa estão: "falta de garantia", "conflitos ou distúrbios graves, no campo ou no estádio", "procedimento contrário à disciplina por parte dos componentes do clubes e/ou de suas torcidas" e ainda "ocorrência extraordinária que represente uma situação de comoção incompatível com a realização ou continuidade da partida". Nesse caso o Atlético-PR – era responsável pela segurança do jogo. Sendo assim, segundo o regulamento Geral o Atlético seria declarado perdedor pelo placar de 3 a 0.

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