Pelo contrário. Sem lotar o estádio, o torcedor palmeirense apoiou, sim, mas parecia fazer questão de não comemorar como título a conquista de mais uma Segundona (já havia ganhado uma em 2003). Só explodiu mesmo nos gols. Foram poucos aqueles que gritaram “é campeão”. E mesmo assim, timidamente. O hino é que foi cantado com mais emoção.
Ao final, os jogadores chamaram a atenção pela comemoração no campo, levando uma faixa de agradecimento ao torcedor: "Obrigado pelo apoio incondicional."
Do outro lado, o mineiro Boa Esporte foi contagiado pelo clima morno da partida. Quando ainda estava 0 a 0, o time até mantinha (remotas) chances de alcançar o acesso. Mas depois dos gols palmeirenses, o ritmo caiu drasticamente. A comemorar, apenas a permanência na Série B para 2014.
Palmeiras e Boa Esporte ainda têm mais dois compromissos na Série B do Campeonato Brasileiro. O time de São Paulo encara o Ceará, dia 23, em Cuiabá, e a Chapecoense, dia 30, em Chapecó. A equipe mineira, por sua vez, recebe o Sport, no dia 23, e visita o Avaí, dia 30, em Florianópolis.
Felipe Menezes comemora o gol marcado ainda no primeiro tempo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Casamento, protesto e golQuando foi pra valer, o Palmeiras logo assustou. Alan Kardec, em cobrança de falta aos três minutos, acertou o travessão do Boa Esporte. Mas a equipe mineira reagiu rapidamente em lance polêmico. Marcelinho Paraíba cabeceou bem, e Fernando Prass defendeu. Os mineiros reclamaram que o goleiro tirou de dentro do gol.
Já garantido na Série A em 2014 e precisando de apenas mais um ponto para se sagrar campeão da Segundona, o Palmeiras não precisou fazer muito esforço para controlar o adversário. Nem mesmo quando o Boa Esporte teve ótima chance aos 27 minutos. Karanga, sozinho, cabeceou para fora.
Se o time mineiro desperdiçou a melhor chance que teve, o Palmeiras soube aproveitar a sua. No minuto seguinte, após vacilo de Crystian, Wendel ficou com a bola, avançou pela direita e cruzou para Felipe Menezes abrir o marcador no estádio do Pacaembu. O goleiro Douglas foi mal no lance.
Leandro faz homenagem na comemoração do segundo gol (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Missão cumpridaDiferentemente do primeiro tempo, quando adotou um jogo morno diante do Boa Esporte, o Palmeiras voltou para a etapa final mais acelerado. Quase não deu espaços para o time de Minas Gerais. Bem na marcação, o Verdão usou o contra-ataque como principal arma.
E deu certo. Aos 11 minutos, a equipe do técnico Gilson Kleina chegou ao segundo gol. Charles fez ótima jogada pelo meio e rolou para Leandro na grande área. O atacante do Palmeiras deu lindo drible no goleiro Douglas e tocou para a rede. Na comemoração, bola na barriga para homenagear a mulher, grávida.
Com o Boa Esporte entregue ao clima morno da partida, o Palmeiras passeou em campo. Trocou passes, tentou jogadas de efeito, ameaçou pelas pontas e chegou ao terceiro gol, aos 31 minutos. Após ótimo passe de Eguren, Juninho entrou na área e bateu forte, sem chance para Douglas, que novamente reclamou da defesa.
Alguns poucos gritos de “é campeão” começaram a ser ecoados. Nenhum deles na área das torcidas organizadas. Em raro momento de euforia dos pouco mais de 17 mil pagantes, o torcedor entoou “olé” a cada toque de bola dos palmeirenses. Mas o título da Série B esteve longe de ser comemorado com orgulho.
Mais de 17 mil palmeirenses vão ao Pacaembu nesta tarde (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
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