A disputa nos bastidores entre Ponte Preta e São Paulo pelo local do
segundo jogo da semifinal da Sul-Americana teve um novo round na tarde
desta segunda-feira. Após se mobilizar para vetar o Majestoso, a
diretoria tricolor tentou impedir até o plano B alvinegro, mas desta a
investida fracassou. Com o aval da Federação Paulista de Futebol e do
Ministério Público, a Macaca escolheu o Romildo Ferreira, estádio do
Mogi Mirim, e encaminhou a solicitação para a Conmebol, que oficializará
a troca em até 24 horas. As equipes abrem a série por um lugar na
decisão nesta quarta-feira, às 21h50, no Morumbi. O segundo duelo está
marcado para o dia 27.
Antes mesmo da oficialização da perda do Moisés Lucarelli, o Romildo Ferreira já aparecia como primeira alternativa. A distância de Campinas para Mogi – cerca de 50 quilômetros – é o principal fator, já que é o estádio mais próximo apto a receber a semifinal.
Durante o encontro na FPF, Della Volpe recebeu a informação que representantes do São Paulo estavam no Ministério Público para solicitar também o veto ao Romildão, sob o argumento que a Polícia Militar avaliou o estádio para 19,9 mil, levando em conta riscos de seguranças e divisão de segurança. Com os laudos técnicos do Corpo de Bombeiros que liberam o estádio para um público de 20,5 mil e a aprovação da Federação Paulista de Futebol, Della Volpe foi até o MP e entregou os documentos a um promotor, que confirmou a aptidão do Romildo para receber o confronto e indeferiu o pedido tricolor. Houve até uma discussão entre os representantes dos clubes durante a conversa com o promotor, em defesa de seus respectivos interesses.
A polêmica começou quando o São Paulo, assim que a Ponte eliminou o Vélez Sarsfield e carimbou a vaga para as semifinais, enviou um documento à Conmebol para mostrar que a capacidade do Majestoso é inferior à exigida pelo regulamento para essa fase do torneio (20 mil). O Tricolor enxergou a brecha no laudo do Moisés Lucarelli que consta no site da Federação Paulista de Futebol, com validade até janeiro de 2014, e que aponta para 16,9 mil lugares. A estratégia é parecida com a que o clube realizou na decisão da Libertadores de 2005, quando conseguiu tirar o primeiro jogo contra o Atlético-PR da Arena da Baixada.
Do lado da Ponte Preta, o argumento era de que foi feito um redimensionamento pelo Corpo de Bombeiros de Campinas, em setembro, seguindo as novas regras de segurança nos estádios, que aumentou a capacidade total para 27.946 pessoas, entre torcedores, policiais militares, funcionários, mas, segundo a Polícia Militar, o documento é inválido, já que não passa de um projeto técnico.
Na semana passada, Márcio Della Volpe ficou dois dias em São Paulo na tentativa de impedir à proibição ao Majestoso. Primeiro, buscou o diálogo com o Tricolor. Ao vice de futebol João Paulo de Jesus Lopes, passou que a decisão de tirar a partida do Majestoso pode acarretar em maiores problemas de segurança, já que o duelo seria levado para o interior, com possíveis confrontos de torcidas nas estradas, mas o argumento foi insuficiente. Sem sucesso no campo político, o jeito foi partir para a questão documental.
Na Federação Paulista de Futebol, o mandatário da Ponte teve mais sucesso. Do encontro, ficou decidido que a FPF mandaria um grupo de engenheiros para fazer uma nova vistoria no Majestoso, com a intenção de dar caráter oficial ao projeto de redimensionamento do estádio A visita chegou a ocorrer, mas o resultado não mudou o cenário. Foi a última cartada alvinegra.
A oficialização da perda do estádio causou revolta e gerou duras críticas do presidente Márcio Della Volpe à postura da diretoria do Tricolor. Segundo ele, a decisão também aumenta a dificuldade para o policiamento garantir a segurança aos torcedores. As duas torcidas já têm um histórico de rivalidade. Em 2005, por exemplo, Conde, um dos líderes de uma organizada da Macaca, foi morto durante uma briga com são-paulinos em Campinas, na véspera de um duelo entre os times.
Globo Esporte
Estadio Romildo Ferreira é o escolhido pela Ponte para segundo jogo da semifinal (Foto: Rodrigo Faber)
A decisão foi tomada em reunião na sede da FPF, onde o presidente da
Ponte, Márcio Della Volpe, chegou a um consenso com a entidade que o
Romildão era a melhor opção e conseguiu a garantia que o local tinha
capacidade para receber mais de 20 mil pessoas, conforme exige o
regulamento da Sul-Americana a partir das oitavas de final e foi o
motivo da denúncia do São Paulo para tirar a partida de volta do
Majestoso.Antes mesmo da oficialização da perda do Moisés Lucarelli, o Romildo Ferreira já aparecia como primeira alternativa. A distância de Campinas para Mogi – cerca de 50 quilômetros – é o principal fator, já que é o estádio mais próximo apto a receber a semifinal.
Durante o encontro na FPF, Della Volpe recebeu a informação que representantes do São Paulo estavam no Ministério Público para solicitar também o veto ao Romildão, sob o argumento que a Polícia Militar avaliou o estádio para 19,9 mil, levando em conta riscos de seguranças e divisão de segurança. Com os laudos técnicos do Corpo de Bombeiros que liberam o estádio para um público de 20,5 mil e a aprovação da Federação Paulista de Futebol, Della Volpe foi até o MP e entregou os documentos a um promotor, que confirmou a aptidão do Romildo para receber o confronto e indeferiu o pedido tricolor. Houve até uma discussão entre os representantes dos clubes durante a conversa com o promotor, em defesa de seus respectivos interesses.
São Paulo se mobilizou para tirar semifinal de
Campinas (Foto: Carlos Velardi / EPTV)
Entenda o impasseCampinas (Foto: Carlos Velardi / EPTV)
A polêmica começou quando o São Paulo, assim que a Ponte eliminou o Vélez Sarsfield e carimbou a vaga para as semifinais, enviou um documento à Conmebol para mostrar que a capacidade do Majestoso é inferior à exigida pelo regulamento para essa fase do torneio (20 mil). O Tricolor enxergou a brecha no laudo do Moisés Lucarelli que consta no site da Federação Paulista de Futebol, com validade até janeiro de 2014, e que aponta para 16,9 mil lugares. A estratégia é parecida com a que o clube realizou na decisão da Libertadores de 2005, quando conseguiu tirar o primeiro jogo contra o Atlético-PR da Arena da Baixada.
Do lado da Ponte Preta, o argumento era de que foi feito um redimensionamento pelo Corpo de Bombeiros de Campinas, em setembro, seguindo as novas regras de segurança nos estádios, que aumentou a capacidade total para 27.946 pessoas, entre torcedores, policiais militares, funcionários, mas, segundo a Polícia Militar, o documento é inválido, já que não passa de um projeto técnico.
Na semana passada, Márcio Della Volpe ficou dois dias em São Paulo na tentativa de impedir à proibição ao Majestoso. Primeiro, buscou o diálogo com o Tricolor. Ao vice de futebol João Paulo de Jesus Lopes, passou que a decisão de tirar a partida do Majestoso pode acarretar em maiores problemas de segurança, já que o duelo seria levado para o interior, com possíveis confrontos de torcidas nas estradas, mas o argumento foi insuficiente. Sem sucesso no campo político, o jeito foi partir para a questão documental.
Na Federação Paulista de Futebol, o mandatário da Ponte teve mais sucesso. Do encontro, ficou decidido que a FPF mandaria um grupo de engenheiros para fazer uma nova vistoria no Majestoso, com a intenção de dar caráter oficial ao projeto de redimensionamento do estádio A visita chegou a ocorrer, mas o resultado não mudou o cenário. Foi a última cartada alvinegra.
A oficialização da perda do estádio causou revolta e gerou duras críticas do presidente Márcio Della Volpe à postura da diretoria do Tricolor. Segundo ele, a decisão também aumenta a dificuldade para o policiamento garantir a segurança aos torcedores. As duas torcidas já têm um histórico de rivalidade. Em 2005, por exemplo, Conde, um dos líderes de uma organizada da Macaca, foi morto durante uma briga com são-paulinos em Campinas, na véspera de um duelo entre os times.
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