Gilson Kleina renovou por mais um ano com o Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli)
A
novela
sobre o futuro de Gilson Kleina finalmente chegou ao fim. Na noite desta
terça-feira, após uma longa reunião, o treinador definiu sua renovação
de contrato com o Palmeiras e
seguirá no comando do clube na próxima temporada. O novo vínculo vai até
o fim de 2014.
O salário será de R$ 200 mil mensais.
É R$ 100 mil a menos do que ele ganha atualmente, mas, com o sistema de
bônus oferecido pela diretoria, ele pode receber num mês até o dobro
disso - ou seja, R$ 400 mil.
Uma possível rescisão
contratual foi definida da seguinte forma: se Kleina for demitido, o
Palmeiras precisará pagar a ele o equivalente a dois salários como
multa - a não ser que o técnico arrume outro clube nesse período de 60
dias. Na prática, funciona, portanto, como um seguro-desemprego de dois
meses.
Bancado desde o início pelos jogadores, Kleina nunca foi tratado como
prioridade pela diretoria alviverde. As conversas com o treinador campeão da
Segundona se iniciaram somente após a negociação com o argentino Marcelo Bielsa
não avançar.
José
Carlos Brunoro, diretor executivo do Verdão, viajou para Rosario, na Argentina,
acompanhado do vice-presidente Gennaro Marino para negociar com o ex-comandante
da seleção chilena e do Athletic Bilbao, da Espanha. A alta pedida salarial de
Bielsa – cerca de R$ 1 milhão por mês livre de impostos –, porém,
impossibilitou a "contratação de impacto" para o ano do centenário
palmeirense.
Sem Bielsa, a diretoria chamou Kleina
para conversar e lhe apresentou a proposta com sistema de bônus. O
treinador demorou para aceitar. Os termos iniciais previam uma
diminuição nos
rendimentos mensais do treinador (de R$ 300 mil para R$ 150 mil), o que
deixou Kleina ressabiado. Uma segunda proposta foi feita no sábado: R$
180 mil fixos por mês. Não houve acerto. A terceira oferta foi feita
nesta terça-feira e agradou a Kleina: R$ 200 mil.
Apesar de ter se sentido desprestigiado após a sondagem da diretoria a Bielsa, Kleina nunca desistiu de acertar com o Palmeiras.
Contratado
em setembro de 2012, ele deixou a Ponte Preta e assumiu o Verdão com a difícil missão de livrar a equipe do rebaixamento para a
Série B, objetivo que não foi alcançado. Sem ser apontado como um dos
responsáveis pela queda, ele permaneceu e teve a tarefa de montar a
equipe para retornar à elite do futebol nacional.
Durante
a temporada, o treinador passou por momentos delicados antes de
garantir o título da Série B. A histórica goleada sofrida diante do
Mirassol, no Campeonato Paulista, e a eliminação na Copa do Brasil para o
Atlético-PR fizeram a comissão técnica balançar no cargo. A diretoria,
porém, alegando conduta profissional, e por não ter recursos para arcar
com a multa rescisória, bancou a permanência nas duas oportunidades. Agora, decidiu renovar com Kleina.
Em 15 meses no comando do Palmeiras, Gilson Kleina já disputou 81 partidas, com 41 vitórias, 18 empates e 22 derrotas.Globo Esporte
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