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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Escândalo: Veja denuncia "Mensalinho" da CBF para eleger Del Nero

 

O que o presidente da CBF, José Maria Marin, e seu vice, Marco Polo Del Nero, têm em comum com José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares? Todos fazem ou fizeram parte de um esquema para a compra de apoio político. No caso dos petistas, que foram condenados na passada, o tal esquema ficou conhecido como Mensalão e consistia na compra de votos parlamentares. Já o esquema da CBF foi denunciado em reportagem da revista Veja, nesta semana, e já é denominada de Mensalinho (vej ao lado vídeo que denuncia o Mensalinho).
Na prática, a estratégia de Marin e Del Nero é similar a utilizada pelos políticos do PT. Sem a mesma força política de seu antecessor Ricardo Teixeira, Marin tem se valido de “mesadas” e “mimos” a presidentes de federações para engrossar a bancada da situação nas eleições que acontecerão em abril de 2014.
Aos 81 anos, Marin não se vê em condições de continuar à frente da CBF. Por isso, pretende eleger Del Nero. Para tanto, terá de conquistar mais da metade dos 47 eleitores - 27 federações e 20 clubes do Brasileirão.
Para conseguir tal apoio, a dupla Marin/Del Nero aumentou consideravelmente a “mesada” destinada às federações. Com Teixeira, os valores chegaram ao máximo de R$ 30 mil mensais. Com a nova presidência, segundo a Veja, os valores aumentaram para R$ 50 mil, mas nos últimos três meses o repasse chegou à R$ 100 mil.
Mais “mimos”
A busca por influência, contudo, não para nos repasses mensais. Os presidentes de federações também têm sido agraciados com outros “mimos”. Todos foram convidados para acompanhar a Seleção Brasileira, nos Jogos Olímpicos de Londres, e também poderão viajar à paradisíaca Costa do Sauípe (BA) com direito a acompanhante. Tudo para acompanhar o sorteio dos grupos da Copa do Mundo.


No entanto, não são apenas as federações que têm se beneficiado a busca da dupla Marin/Del Nero por votos. Pensando nos votos dos clubes, a CBF já costura acordos políticos para tentar a anistia das dívidas dos clubes brasileiros com a União.
Quem fez o anteprojeto da anistia foi o deputado federal Vicente Cândido (PT-SP), que curiosamente também acumula os cargos de vice-presidente e diretor jurídico da Federação Paulista de Futebol (FPF), além de ser sócio de Del Nero em um escritório de advocacia. O anteprojeto do parlamentar prevê perdão de 90% das dívidas de INSS, FGTS e Imposto de Renda, ficando a ser pago apenas o saldo de 10% mais os juros e correção em 240 meses (20 anos).
OposiçãoUm dos grandes obstáculos para a eleição de Del Nero é justamente o PT dos mensaleiros e de Vicente Cândido. Isso porque um dos líderes da oposição é o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez. O dirigente é filiado ao PT e conta com o prestígio de ninguém menos que o ex-presidente Lula para fazer frente à situação.

Sanchez, contudo, ainda não foi confirmado como candidato da oposição. Isso porque também existem dois outros nomes de peso, que ainda não sabem se vão se unir ao corintiano. Um é o presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Francisco Novelleto. O outro é Rubens Lopes, mandatário da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).
Os opositores também podem ganhar um aliado forte. Embora garantam que não desejam se envolver politicamente com a CBF, os jogadores do Bom Senso FC já se posicionam contra a atual diretoria. Eles contestam o calendário nacional e a falta de um plano de desenvolvimento para o futebol nacional.
Futebol = política?
Resta saber se a denúncia da Veja contra a CBF finalmente acordará a Polícia Federal, a Justiça e o Ministério Público. Pelo menos no caso do Mensalão, os envolvidos foram condenados de forma exemplar. Tanto que Genoino, Zé Dirceu e Delúbio já tiveram a prisão decretada.

Os próximos alvos são o PSDB e o DEM paulista, que fazem parte do escândalo do cartel de licitações de metrôs e trens de São Paulo. O esquema, denunciado pela Siemens, aconteceu durante os governos de Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra e atingiu a cifra de cerca de R$ 2 bilhões.
A Justiça parece, enfim, estar acordando para os casos de corrupção na política. Resta saber se isso se estenderá também aos esquemas da CBF.
 
Agência Futebol Interior

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