Após o embargo provisório de operações com guindastes na
Arena Corinthians, a Odebrecht aguarda a chegada de técnicos alemães da
empresa responsável pelo guindaste envolvido no acidente para abrir a
"caixa preta" do equipamento, que consiste em um HD instalado na cabine
para gravar as informações operacionais e até os movimentos do veÃculo.
Esta "caixa preta" pode ajudar a esclarecer o que causou o tombamento do
guindaste, que derrubou três estruturas metálicas e matou duas pessoas
em acidente na última quarta-feira. O grupo vindo da Alemanha já está em
São Paulo e segue para Itaquera.
De acordo com Flávio Ferreira, diretor da Sintrapav ( Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada Infraestrutura e Afins do Estado São Paulo), ninguém na obra conhece tão a fundo essa aparelhagem como os técnicos alemães. Ferreira contou também que, no momento do acidente, o motorista do guindaste pulou. Ele não quis falar ainda, pois está muito abalado e só vai ser ouvido no inquérito policial.
De acordo com Flávio Ferreira, diretor da Sintrapav ( Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada Infraestrutura e Afins do Estado São Paulo), ninguém na obra conhece tão a fundo essa aparelhagem como os técnicos alemães. Ferreira contou também que, no momento do acidente, o motorista do guindaste pulou. Ele não quis falar ainda, pois está muito abalado e só vai ser ouvido no inquérito policial.
A
Odebrecht trabalha com três hipóteses para o acidente: defeito no
guindaste, problema no solo e falha do operador. Em 30 dias sairá um
laudo com a definição do que será feito com a peça que era içada pelo
guindaste e caiu. Não está descartada a possibilidade de cortá-la ao
meio.
Mesmo com o embargo dos guindastes, a obra terá
as atividades retomadas na próxima segunda-feira. Os trabalhos que não
necessitam utilizar guindastes serão executados normalmente, excetuada a
área interditada pela Defesa Civil - correspondente a 30% do prédio
Leste e a menos de 5% da área da Arena.
Exemplos
de trabalhos que não utilizam guindastes são instalações elétricas e
hidráulicas, de assentos definitivos, de revestimentos de pisos, paredes
e forros e de sistemas de som. Também os trabalhos de acabamento nas
áreas externas da Arena, como acessos para veÃculos e torcedores,
estacionamentos e muros, prosseguirão normalmente.
Ferreira explicou que todos os trabalhos verticais na obra da Arena Corinthians - ou seja,
aqueles que envolvam guinchos e guindastes - podem ser paralisados até o
dia 12 de dezembro, quando haverá uma reunião no Ministério Público do
Trabalho para apurar o que de fato aconteceu no acidente que matou dois
operários na quarta-feira.
Duas empresas terceirizadas fazem os serviços verticais, a Alufer e
Locar. Com a paralisação deles, a obra seria limitada aos trabalhos de
acabamento.
Dois operários morreram no acidente, na
quarta-feira: Fabio Luiz Pereira, 42 anos, motorista e operador, e
Ronaldo Oliveira Santos, 44 anos, montador.
Globo Esporte
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