Agora, o Glorioso, provisoriamente em terceiro lugar na tabela, com 57 pontos ganhos, torcerá por tropeço do Grêmio, que enfrentará o Flamengo, no Sul, ou do Goiás, que receberá o Internacional no Serra Dourada. O Atlético-PR, que dorme na vice-liderança, com 58 pontos, também secará o Tricolor Gaúcho e o Esmeraldino para permanecer na posição.
Na próxima rodada, o Botafogo enfrentará o São Paulo, domingo (dia 23), no Morumbi. Depois, vai ao Couto Pereira encarar o Coritiba e encerrará o Brasileirão no Rio, contra o Criciúma. O Furacão, que quarta-feira receberá o Flamengo na primeira partida da final da Copa do Brasil, pegará pelo Brasileirão o Náutico, domingo, em casa. Depois, vai à Vila Belmiro jogar contra o Santos e fará a despedida da competição em casa, contra o Vasco.
Na saída de campo, o time do Botafogo recebeu o carinho de sua torcida, que apoiou o time no Maracanã - com público pagante de 10.924 e presente de 14.147 torcedores, a renda chegou a R$ 252.940,00. Além de Seedorf, o atacante Bruno Mendes foi muito festejado pela boa atuação.
- É o meu sexto jogo no Brasileiro, venho me esforçando muito e graças a Deus entrei no segundo tempo e fiz dois gols - disse o atacante, artilheiro da partida, ao marcar aos 32 e 36 minutos do segundo tempo - ele não fazia gols desde 21 de abril, quando balançou a rede contra o Volta Redonda, ainda pelo Carioca.
No lado do Furacão, o goleiro Weverton tratou de garantir que o mau resultado não vai influir na atuação do time quarta-feira, contra o Flamengo, no primeiro jogo da final da Copa do Brasil.
- Temos que esquecer tudo o que foi feito neste lugar (Maracanã). As críticas vão vir, mas chegamos à final por méritos. Não é um resultado desse que vai nos abater. Quarta-feira é decisão, e decisão não podemos jogar dessa forma - declarou o goleiro.
Seedorf vibra com o seu gol, o segundo na partida, após receber de Hyuri (Foto: Vitor Silva / SSPress)
Bota e Seedorf dominamUm Botafogo veloz e arrasador. Essa era a forma de fazer as pazes com a torcida. Essa era a estratégia para tomar a iniciativa do jogo contra uma equipe rápida como o Furacão. E sair do primeiro tempo com boa vantagem. Com Hyuri aberto pela direita e um Seedorf bem mais ligado e procurando tocar de primeira, essa arma se tornou a principal da equipe. Logo no começo, o meia lançou o atacante... Mas faltou força no chute cruzado.
O Atlético-PR deixava claro que, pelo menos neste sábado, tentaria decidir nos contra-ataques. E com a torcida alvinegra apoiando, o Botafogo procurou jogar bem adiantado. Os meias, principalmente Seedorf e Renato, municiavam bem Edilson e Hyuri, pela direita, e Julio Cesar e Rafael Marques, pela esquerda. Hyuri, novamente ele, perdeu chance sozinho. Depois, foi a vez de Renato mandar pelo alto, com perigo. Era questão de tempo para o gol sair. E de usar bem a cabeça. Principalmente contra uma zaga boa na jogada aérea. O jeito era confundir. E o primeiro gol saiu de bom passe de Renato pela esquerda, passando pelo toque de cabeça inteligente de Seedorf e o peixinho de Elias: gol bastante comemorado pela torcida e pelo time.
Léo começa bem no Furacão mas depois é expulso (Foto: Site oficial do Atlético-PR/Gustavo Oliveira)
A pressão só aumentou. O Atlético-PR, que até procurava a boa jogada de
Marcelo e Ederson, esbarrou na marcação alvinegra. Enquanto isso,
Seedorf mandava na partida. Pela direita, foi novamente um eficiente
garçom ao servir a Rafael Marques, que emendou na área explodiu o
travessão. Dois, mas dois minutos depois, a defesa do Furacão se
confundiu: Luiz Alberto, Juninho e Bruno Silva se enrolaram. Elias se
meteu e tocou a bola sobrou para Hyuri, que rolou para Seedorf mandar
para a rede, aos 36 minutos e ampliar a vantagem. Euforia alvinegra,
irritação no banco do rubro-negro do Paraná. O técnico Vagner Mancini se
irritou com a apatia do time. Agora, o jeito era esperar mudança no
segundo tempo.Estrela de Bruno Mendes
O treinador do Furacão mexeu na equipe para o segundo tempo. Tirou Fran Mérida, que não substituiu à altura o poupado Paulo Baier, para pôr Dellatorre. O time deu uma melhorada. E na bola parada deu o chute mais perigoso até então, com Ederson cobrando falta com perigo, para fora.
Bem anulado no primeiro tempo, Everton arrumava espaço para jogar. Já parecia o Atlético-PR que ocupou a vice-liderança do Brasileiro e chegou à final da Copa do Brasil. O time estava mais rápido e interessado no jogo a partir dos 10 minutos, quando Marcelo, tal qual um Usain Bolt, ganhou de Julio Cesar numa velocidade espantossa e só não completou a jogada porque sofreu falta. Mas o Alvinegro também tinha seu homem veloz: Hyuri deu belo drible da vaca e levou Manoel na conversa e na corrida. Mas bateu pelo alto.
Elias (dir) celebra o primeiro gol do jogo junto a Rafael Marques (Foto: Vitor Silva / SSPress)
Elias, contundido, pediu para sair no Botafogo. Bruno Mendes entrou.
Ederson, artilheiro do Brasileiro, mal no jogo, acabou sacado. Roger o
substituiu. O Furacão subia e deixava espaços. Bruno Mendes entrou bem
na partida e mandou uma bomba, que Weverton salvou. Depois, Rafael
Marques mandou outra na trave. A coisa piorou para o Furacão quando o
lateral Léo perdeu a cabeça e, num espaço de dois minutos, levou o
cartão amarelo e depois o vermelho ao dar tapa em Seedorf e uma
cotovelada em Rafael Marques. O holandês, já pela esquerda, resolveu
fazer a festa. Bruno Mendes também. Marcou o terceiro, aos 32, ao
receber "passe" esquisito de Bolívar. E o quarto, aos 36, após centro de
Lima, que entrara na partida no lugar de Julio Cesar.Bolívar ainda acabou expulso, mas nada deixaria o torcedor alvinegro menos feliz no Maracanã. E o Furacão não tinha mais nada a fazer. Pelo menos até quarta-feira, é pensar só na Copa do Brasil.
Globo Esporte
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