Cruzeiro e Botafogo: os que mais se revezaram no topo do turno (Foto: Fábio Castro / Agência Estado)
Desde que o Campeonato Brasileiro começou a ser disputado com 20
equipes, em 2006, não foi encontrada uma fórmula específica que garanta a
conquista. Chegou-se ao oitavo ano dessa forma de disputa e já foram
vistos campeões de várias maneiras: com arrancada na reta final, como o
Flamengo de 2009; com regularidade na ponta do início ao fim, caso do
Corinthians de 2011; e pela manutenção no G-4, oscilando na liderança
com os rivais, como tem feito o Cruzeiro em 2013. Mas isso não quer
dizer que o clube mineiro levará o caneco em dezembro. Um número
interessante não nos deixa mentir: a alternância de líderes é recorde
desde 2006. Por isso, é bom a Raposa ficar sempre atenta ao retrovisor.O total de alternâncias é o maior da era dos pontos corridos com 20 equipes, se levadas em conta apenas as 19 rodadas iniciais: foram dez. E embora o revezamento na liderança seja marcante na atual edição, apenas quatro times participaram dele: Cruzeiro, Botafogo, Coritiba e São Paulo. O time do Morumbi só figurou na ponta na 2ª e 3ª rodadas, e hoje briga para fugir da zona da degola. O Coxa, que liderou três vezes, também desceu na tabela, mas permanece na parte de cima, em oitavo. Já Cruzeiro e Botafogo são os que mais sentiram o gosto de ser líder. Os mineiros estiveram em primeiro - e lá permanecem - em oito jornadas, contra seis dos alvinegros cariocas, atualmente em segundo. Se Cruzeiro e Botafogo manterão o nível até o fim, só o tempo dirá.
Em 2009, porém, o Flamengo sequer se meteu entre as seis alterações de líderes do primeiro turno. O próprio São Paulo foi Tricampeão em 2008 após uma reação surpreendente no returno. Antes, nem dava mostras de que seria protagonista, pois viu de longe as quatro mudanças na ponta.
Portanto, dá para ver que não há assim tanta lógica no Brasileirão. A previsão mais sensata é de que o campeão só será conhecido nas últimas rodadas - quando não nos últimos minutos. Afinal, estar lá em cima desde o início é importante, mas não determinante no resultado final.
GE
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