Time carioca vê as rivais abrirem 2 a 0 com facilidade, mas busca forças para uma reação histórica e chega ao seu oitavo tÃtulo da competição
- Só quem me conhece sabe a dificuldade que eu tive a Superliga inteira. Me julgaram, mas eu fui forte. Ninguém acreditava no time e fomos surpreendendo - disse Natália, maior pontuadora do jogo, ao lado de Sarah Pavan, com 22 pontos cada uma.
- Jogando ponto a ponto, conseguimos acreditar que poderÃamos vencer. Começamos a dominar o jogo. Nos preparamos bem e tÃnhamos algumas meninas que nunca tinham vivido isso. Tivemos muita consistência contra uma equipe da qualidade do Osasco - analisou Bernardinho.
Foi a quarta vez que uma final entre os times foi para o tie-break. E a primeira em que uma equipe conseguiu virar após estar perdendo por 2 a 0. Na fase de classificação, os dois confrontos também foram decididos em cinco sets, com uma vitória para cada lado. Foi também uma final marcada por inovações tecnológicas. Pela primeira vez, as equipes tiveram o direito de pedir a revisão das jogadas. Bernardinho e Luizomar de Moura só não usaram o recurso no tie-break.
No primeiro lance da partida, Natália sacou bem, Camila Brait errou na recepção, e Jaqueline falhou no passe. Na sequência, porém, a ponteira do Rio de Janeiro devolveu a gentileza e mandou o saque na rede. Talvez pelo nervosismo, as duas equipes tiveram um inÃcio marcado pelos erros. O Osasco foi mais rápido ao se arrumar em quadra. Aos poucos, a equipe paulista tomou o controle do jogo e foi para o tempo técnico com 8/5.
O Osasco abriu seis pontos (16/10), mas o Rio buscou. Em uma defesa de Gabi, as rivais não se entenderam, e a bola foi direto na quadra. O empate deu confiança à equipe de Bernardinho, mas a reação carioca não foi além. No bloqueio de AdenÃzia, as paulistas fecharam o primeiro set em 25/22.
Jaqueline abriu o segundo set com um ace. Mas, assim como no inÃcio do jogo, as duas equipes cometiam erros bobos. Mal na recepção, o Rio contava com a força da canadense Sarah Pavan no ataque para não deixar Osasco disparar. Nas arquibancadas, a torcida paulista, mais barulhenta que a rival, tomava Natália e Bernardinho como principais alvos. Em quadra, o time correspondia. Fernanda Garay apareceu bem no bloqueio e abriu quatro pontos de vantagem (16/12).
No intervalo, a torcida mostrava empolgação em um Harlem Shake comandado por animadores. Teve espaço até para momentos de romantismo. Embalados por “How deep is your love”, do Bee Gees, casais apareciam se beijando nos telões.
Jaqueline e Juciely disputam o ponto na rede (Foto: VIPCOMM)
Reação cariocaCom a urgência de reagir, o Rio voltou melhor para o terceiro set. Ao contrário de todo o jogo até ali, liderava o placar e pressionava o Osasco. As paulistas passaram a errar mais, e as cariocas foram em vantagem para o primeiro tempo técnico (8/6). O time de Luizomar de Moura, porém, não demorou a reagir. Voltou a equilibrar o jogo e não permitiu que as rivais disparassem no placar.
Virada avassaladora
A reação deu força ao Rio. Em um quarto set espetacular, a equipe carioca sequer deu chance para que as rivais respirassem. Em um ritmo frenético, liderado por Sarah Pavan, Natália e Juciely, o time de Bernardinho empatou o jogo. No saque para fora do Osasco, fechou em 25/15 e levou a decisão para o tie-break.
O Rio manteve sua força para a parcial decisiva e começou melhor. Apesar das tentativas de reação e do apoio de sua torcida, Osasco tinha problemas para frear Natália e Juciely. Os ataques de Sheilla, Garay e Jaqueline já não funcionavam, e as cariocas abriram quatro pontos (11/7). Fabi não deixava a bola cair. Pressionada pela torcida rival durante todo o jogo, Natália era quem mais brilhava. E quem mais vibrava. No último lance do jogo, a ponteira encheu a mão e fechou: 15/9. Diante da festa da torcida azul, ajoelhou no chão e comemorou.
Fonte: Globoesporte.com
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